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CAPITAL INTELECTUAL Josué Geraldo Botura do Carmo[1] Janeiro/2004 |
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JOSUÉ GERALDO BOTURA DO CARMO
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Este artigo tem como objetivo repensar os currículos e a estrutura organizacional da escola diante das necessidades da sociedade do conhecimento. O que vai nos chamar a atenção ao longo da década de 90 do século passado é o fato dos compradores de empresas prontificarem-se a pagar, pela compra, valores muito acima do declarado no patrimônio líquido da empresa adquirida. É que por detrás disso está o capital intelectual que é medido pelo capital humano: qualificação, habilidades e conhecimentos, e a capacidade de geração de idéias e inovação da força de trabalho; capital estrutural: esta é a parte do capital intelectual que realmente pertence à empresa que são os banco de dados, os manuais de procedimentos; e o capital dos clientes: o valor da franquia da empresa, do relacionamento com os clientes, a lealdade à marca da empresa e a capacidade de a empresa conhecer as necessidades de seus clientes e antecipar soluções para problemas futuros. Este último item nos remete a grande responsabilidade do profissional na criação de relacionamentos mutuamente benéficos com os clientes. São os profissionais que têm a possibilidade de sugerir o desenvolvimento de produtos novos para usos já existentes, de novos usos para produtos já existentes e de produtos novos para novos usos, devido a sua proximidade com o cliente. Assim o profissional vai ter o poder de aumentar a satisfação, a lealdade e a confiança do consumidor na sua empresa, fazendo elevar o capital dos clientes e o capital intelectual da empresa. Para tanto esses profissionais devem receber treinamento apropriado para desenvolver suas qualidades, habilidades e conhecimentos tanto no campo das estratégias e técnicas como no campo das ciências sociais e do comportamento do consumidor, e em aspectos tecnológicos do produto e do processo produtivo. A empresa precisa também estimular a troca de experiências e conhecimentos entre os membros das equipes, e ainda fazer com que o profissional capaz de ampliar seu horizonte de conhecimento seja valorizado através de remuneração, pois isso implica em lucro para a empresa. E a empresa deve estar aberta a modificações, numa postura voltada para o longo prazo, visando a criação e manutenção de relacionamento com clientes com base na ética, porque as máquinas a cada ano desvalorizam-se e os concorrentes possuem as mesmas máquinas, ao passo que o conhecimento humano, o capital intelectual, só tende a valorizar. Por isso que hoje o importante não é o capital, não é a terra e nem a mão-de-obra e sim o conhecimento, como diria Manuel Catells, a capacidade de conectar informações. O valor hoje, na sociedade do conhecimento, é de quem “pilota” a máquina. O profissional hoje precisa ter conhecimento, talento e saber trabalhar com as tecnologias da informação e da comunicação: analisando dados e informações e comunicando-se intensivamente com os membros de sua equipe, num trabalho cooperativo. É um profissional com conhecimentos globais do negócio e com especialização em sua área de atuação, capaz de vender produtos, serviços, imagem e marcas. Um número maior de pessoas está executando trabalho do conhecimento, pois está aumentando o conteúdo de conhecimento seja na área agrícola, operária ou burocrática. Nesse novo modelo de gerenciamento
predomina a flexibilidade e os relacionamentos são valorizados. Os
talentos podem mudar situações, através da criatividade e adaptabilidade.
E os profissionais talentosos são motivo de cobiça no mercado de trabalho.
A empresa precisa estar atenta às diversas formas e ritmos de trabalho de
seus profissionais, dando tratamento individualizado a cada um e saber
onde colocá-los para atuar dentro da empresa, segundo sua eficiência
operacional ou estratégica. Hoje a empresa necessita de uma comunicação
honesta e aberta com seus funcionários, chamando todos a participarem das
decisões dentro da companhia, dando ênfase a criatividade e inovação. A
organização precisa ordenar todo o conhecimento que produz e depois,
transformar isso em diferencial competitivo, transferindo o aprendizado
aos seus colaboradores e à cultura da empresa. A gestão do conhecimento é
multidisciplinar e multifuncional e sem fronteiras. Abrange toda a rede de
relações e vínculos da organização, em busca de competência. Ouvindo os
consumidores e estimulando o empreendedorismo interno através de formação
de equipes multidisciplinares com acesso a todas as informações. Reter
informação hoje é deixar de expandir-se. E não basta ter informações, é
preciso saber selecioná-las e gerenciá-las, para poder agir no momento
exato. capital intelectual = valor de mercado – valor patrimonial "Phillips Morris vale 50 bilhões de dólares em termos de mercado, enquanto seus ativos fixos não ultrapassam 2 bilhões de dólares". (VIANA) “A maior indústria de tênis do mundo, a Nike, não tem fábrica. A livraria de maior crescimento no mundo, a Amazon, não tem um metro quadrado de lojas. A Lotus foi vendida à IBM, por quinze vezes seu valor patrimonial. A Microsoft vale em bolsa cem vezes o valor do seu ativo tangível. A filial americana da Nokia fatura 200 milhões de dólares com 5 empregados. A verdade é pura e simples. A administração tradicional, aquela do organograma jurássico e burocrático, vem dedicando uma parcela de sua energia, tempo e recurso cada vez menor ao verdadeiro valor das organizações: sua inteligência competitiva ou, usando uma expressão de cunho mais tecnológico, o seu ativo intangível”.(VIANA)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS VIANNA, Marco Aurélio Ferreira.
Capital intelectual, um futuro que já chegou. Acessado em 18 de janeiro de 2004 VILHENA, João
Batista[2].
O vendedor e o Capital Intelectual. Seminários do Instituto MVC:
Vendas Consultivas e Engenharia Comercial. Acessado em 7 de janeiro de 2004. Capital Intelectual & Gestão do Conhecimento <http://www.sites.unibero.net/66/> Acessado em 7 de janeiro de 2004. Capital Intelectual - História <http://www.sites.unibero.net/66/historia.htm> Acessado em 7 de janeiro de 2004. Garimpando Talentos <http://www.sites.unibero.net/66/talento.htm> Acessado em 7 de janeiro de 2004. O que Pensam os Funcionários <http://www.sites.unibero.net/66/funcionarios.htm> Acessado em 7 de janeiro de 2004. Qual a Abrangência <http://www.sites.unibero.net/66/abrangencia.htm> Acessado em 7 de janeiro de 2004. Transformando o conhecimento <http://www.sites.unibero.net/66/transformar.htm> Acessado em 7 de janeiro de 2004. Gestão de Projetos <http://www.sites.unibero.net/66/projetos.htm> Acessado em 7 de janeiro de 2004. Como Administrar o Conhecimento <http://www.sites.unibero.net/66/administrar.htm> Acessado em 7 de janeiro de 2004. Folha de São Paulo – Folha Mais! – São Paulo, 23 de Maio de 1999. Entrevista com Manuel Castells O Estado de São Paulo – São Paulo 17 de outubro de 1999. Entrevista com Manuel Castells
[1] Pedagogo com habilitação em Administração Escolar de 1. e 2. graus e Magistério das Matérias Pedagógicas de 2. grau. Professor Facilitador em Informática Aplicada à Educação pelo PROINFO - MEC - NTE - MG-2 [2] Consultor do Instituto MV
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