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EDUCAÇÃO & LITERATURA

 

O USO DOS JOGOS COMPUTACIONAIS EDUCATIVOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES OBJETIVAS NO CAMPO DA INSTRUMENTALIZAÇÃO NA INFORMÁTICA E DE FORMA SUBJETIVA NO DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO E DA CRIATIVIDADE

JOSUÉ GERALDO BOTURA DO CARMO

 

 

 

Josué Geraldo Botura do Carmo[1]

Fevereiro de 2008 

Este artigo foi criado no intuito de se pensar a importância do uso dos jogos computacionais educativos nas escolas para o desenvolvimento de atividades objetivas no campo da instrumentalização na informática e de forma subjetiva no desenvolvimento do raciocínio e da criatividade de forma lúdica.

Com o recurso dos jogos computacionais educativos podemos desenvolver habilidades no manuseio do mouse e do teclado e também habilidades de leitura (icônica e de palavras) na tela do monitor. Estaremos assim trabalhando a coordenação motora e visual. Podemos ainda usar esses recursos para que se navegue pelos diretórios em busca dos jogos desejados, pela rede local, ou mesmo pela Internet. Alguns jogos podem nos possibilitar trabalhar com o desenvolvimento de habilidades no  preenchimento de formulários no computador. É uma boa oportunidade também de trabalharmos a decodificação de comandos e o uso do recurso de ajuda do software. Isso no campo objetivo da instrumentalização.

No campo subjetivo do desenvolvimento do raciocínio e da criatividade podemos usar esse recurso para orientação quanto a busca de informações, seja através de instruções escritas e regras dos jogos na tela do computador, ou através de questionamentos a outros colegas ou ao professor. O importante é saber buscar a informação desejada. De posse desse material seleciona-se as informações de que necessita naquele momento (aqui há um processo de classificação), e automaticamente faz-se a síntese dessas informações para poder aplicá-la. Uma vez a experiência concretizada, teremos a possibilidade de compartilhar os resultados experimentais com outros. Observa-se que nesse processo percorreu-se o caminho para o desenvolvimento do pensar científico: buscar – classificar – selecionar – sintetizar –  concluir - socializar o aprendido. Trabalha-se aqui a autonomia, a participação e a colaboração numa interatividade[2] tanto com a máquina quanto com os colegas e os professores.

Os jogos computacionais educativos em geral, não só os de lógica estratégicos e os de lógica matemática nos possibilitam trabalhar com o raciocínio dedutivo[3] e indutivo[4], assim como a intuição[5] que desenvolve-se muito com os jogos de simulação que ajudam no cultivo da criatividade. Os jogos movimentam o cérebro em deduções, induções, intuições. Aplica-se as hipóteses levantadas por esses raciocínios dedutivos, indutivos e intuitivos para logo a seguir confirmar ou refutar essas suposições, para logo iniciar todo o processo novamente em uma nova situação virtual, contribuindo dessa forma para um raciocínio mais rápido e eficiente com aplicação em tempo real.

Os jogos computacionais educativos possibilitam um desenvolvimento real de habilidades da informática instrumental, no desenvolvimento do raciocínio lógico matemático e no desenvolvimento da criatividade. Esse ambiente é propício ao cultivo da autonomia onde o sujeito constrói o seu conhecimento coletivamente de forma participativa e colaborativa.


 

[1] Pedagogo com habilitação em Administração Escolar de 1º e 2º grau e Magistério das Matérias Pedagógicas de 2º grau. Professor Facilitador em Informática Aplicada à Educação pelo PROINFO - MEC – NTE MG2.

[2] Na interatividade, no conceito de Marco Silva, você não só recebe a informação, mas participa dela, há um diálogo com a informação.

[3] Raciocínio que parte do geral para um fato particular.

[4] Raciocínio que parte de fatos particulares para o geral.

[5] Segundo Jung é a “capacidade interior de perceber possibilidades”.