VOLTAR À PÁGINA INICIAL 

EDUCAÇÃO & LITERATURA


JOSUÉ GERALDO BOTURA DO CARMO

 

ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 

NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

AFRICANIDADES

EDUCAÇÃO FISCAL

LITERATURA

TEATRO 

CONTOS ZEN

ESCOLA MUNICIPAL MARIA DAS GRAÇAS TEIXEIRA BRAGA SALA DE INFORMÁTICA APLICADA À EDUCAÇÃO si@e

COLÉGIO PREMIUM

MÍDIAS NA EDUCAÇÃO

ROTEIROS PARA JOGOS ELETRÔNICOS

FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

 

REPORTAGEM

EDUCAÇÃO NA CULTURA DIGITAL:

Programa Nacional de Informática na Educação

Josué Geraldo Botura do Carmo[1]

Fevereiro/2011

 

O Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo) é uma ação da Secretaria de Educação a Distância (SEED) lançado oficialmente em 1997, com o objetivo de instalar laboratórios de computadores nas escolas urbanas e rurais do ensino básico brasileiro. Assim, o Ministério da Educação, por meio da SEED, atua como um agente de inovação tecnológica nos processos de ensino e aprendizagem, fomentando a incorporação das tecnologias de informação e comunicação (TICs) e das técnicas de educação a distância aos métodos didáticos-pedagógicos. Além disso, promove a pesquisa e o desenvolvimento voltados para a introdução de novos conceitos e práticas nas escolas públicas brasileiras. É, portanto, um programa educacional com o fim de promover o uso pedagógico da informática na rede pública de educação básica, levando às escolas computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais. Em contrapartida os estados, o Distrito Federal e os municípios devem garantir a estrutura adequada, segundo orientação do MEC, para receber os laboratórios e capacitar os educadores para o uso das máquinas e tecnologias.

 

Para fazer parte do ProInfo Urbano e/ou Rural o município dever fazer a adesão que é o compromisso do município com as diretrizes do programa, imprescindível para o recebimento dos laboratórios. Em seguida deve fazer o cadastro do prefeito no sistema, registrando o nome do usuário e senha, que permitirá lançar as escolas a serem contempladas. As escolas estaduais são selecionadas pela coordenação do ProInfo de cada estado, já as escolas municipais são selecionadas pelos prefeitos dos municípios. Isto significa que a coordenação do ProInfo escolhe as escolas que deverão participar do projeto, assim como os prefeitos escolhem as escolas do seu município que devem participar do projeto, de acordo com as exigências do MEC: as escolas da zona rural de ensino fundamental de 1º ano 9º ano, com mais de 30 alunos, que possua energia elétrica e que não tenha laboratório de informática. E as escolas da zona urbana de ensino fundamental de 1º ao 9º ano, com mais de 50 alunos, com energia elétrica e sem laboratório de informática.

O MEC compra, distribui e instala laboratórios de informática nas escolas públicas de educação básica. Em contrapartida, os governos locais (prefeituras e governos estaduais) devem providenciar a infraestrutura das escolas, indispensável para que elas recebam os computadores. Seguindo diretriz do governo federal, o MEC incentiva a utilização de softwares livres e produz conteúdos específicos, voltados para o uso didático-pedagógico, associados à distribuição Linux-Educacional, que acompanha os computadores do laboratório. O MEC não proíbe a troca do sistema operacional por outros livres ou proprietários. Porém no momento da solicitação do suporte técnico e uma possível reconfiguração do computador a empresa está autorizada a desinstalar qualquer sistema operacional, programas e arquivos existentes, entregando o computador com a configuração inicial. Por isso sugerimos que a escola realize backups e gravações periódicas do conteúdo armazenado nos microcomputadores.

 

Para orientar sobre como as escolas devem ser preparadas para receber os computadores, o MEC elaborou duas cartilhas, uma para escolas urbanas (ProInfo Urbano) e outra para escolas rurais (ProInfo Rural), que podem ser lidas e baixadas no seguinte endereço: http://sip.proinfo.mec.gov.br

 

Para Freitas (2011) o Proinfo é um programa educacional com o objetivo de promover o uso pedagógico de tecnologias de informática e comunicações (TICs) na rede pública da educação básica: ensino fundamental e médio, propiciando uma educação voltada para o desenvolvimento científico e tecnológico, e para uma cidadania global numa sociedade tecnologicamente desenvolvida.  E visa ainda ma melhoria da qualidade e a equidade do sistema de ensino do país. Três são suas vertentes de ações:

recursos digitais nas escolas públicas de educação básica;

a utilização pedagógica das tecnologias nas escolas e inclusão digital;

 

Em sua fase inicial o ProInfo tinha por metas estipuladas no planejamento  beneficiar 7,5 milhões de alunos em 6 mil escolas; implantar 200 Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE) que são centros de excelência no campo da Informática Educativa, estruturados junto às secretarias de educação dos estados; capacitar mil professores multiplicadores em cursos de pós-graduação lato sensu, realizados em parceria com universidades;  capacitar 25 mil professores de escolas públicas;  formar 6 mil técnicos especializados em hardware e software para dar suporte às escolas e NTE; e instalar 105 mil computadores (inclusive 5 mil destinados aos NTE).

 

Desde seu planejamento inicial do ProInfo houve uma preocupação de se criar um sistema de acompanhamento e avaliação com a definição de indicadores de desempenho que permitissem  aferir resultados e impactos em termos de melhoria da qualidade, da eficiência e da equidade do ensino, com base nos indicadores:

favorecidas; 

 

Em complemento, a Secretaria de Educação à Distância patrocinou uma avaliação ad hoc ao fim da primeira etapa, realizada por uma instituição externa, a Universidade de Brasília. Foram definidos os seguintes aspectos:

 

A avaliação interna indicou que o ProInfo apresentou bom desempenho com relação à implementação. Até abril de 2002, tendo conseguido os seguintes resultados:

 

A avaliação externa contratada foi realizada no fim do ano de 2001, de forma amostral.

Avaliação da infra-estrutura nos NTE:

 

·        Dentre 90 e 93% dos entrevistados aprovaram a infra-estrutura.

·        22,5% dos técnicos e 10% dos coordenadores aprovaram as condições de trabalho para suporte

·        92% das estações funcionavam (5% de forma precária).

·        6% das estações estavam danificadas.

·        apenas 2% estavam paralisadas ou extraviadas.

Avaliação da infra-estrutura nas escolas:

 

Dados sobre qualificação dos recursos humanos:

graduação).

cursos.

 

Avaliação do ponto de vista dos alunos:

Informática.

Avaliação do ponto de vista pedagógico:

 

Avaliação do desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes dos alunos:

Como professor facilitador do ProInfo, desde 1999, deixo aqui o meu depoimento quanto às vantagens que esse projeto trouxe para a escola contemplada com essa sala de informática. Podemos dizer que estes computadores contribuíram com o desenvolvimento da coordenação motora e visual de nossos estudantes, contribuíram também para o letramento icônico, simbólico, de palavras e de textos através da tela e do teclado do computador. Além de contribuir  para o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático: indução e dedução, e também para a intuição, através da interface do computador, e de jogos educativos. Auxiliou-nos, ainda, no campo da pesquisa, através do rico material atualizado da internet, que a biblioteca escolar não tem como manter a atualização de todos os assuntos.

REFERÊNCIAS

MARCELINO, Gileno Fernandes. Avaliação de políticas públicas: os resultados da avaliação do ProInfo (Brasil). 2003. Trabalho apresentado no 8. congresso internacional do Centro Latinoamericano de Administração para o Desenvolvimento sobre a reforma do Estado e da administração pública, Panamá, 2003. MEC/SEED.ProInfo. Julho 1997.

PROINFO. O programa nacional de tecnologia educacional. Disponível em:
<http://sip.proinfo.mec.gov.br/entidade/entidade_cad_adesao_proinfo.php>. Acesso
em 9 jul. 2010.

RESENDE, Juliana. ProInfo insere escolas públicas na aldeia global, via

Internet. Disponível em: <http://www.aprendebrasil.com.br/entrevistas/entrevista0007.asp>. Acesso em 9 jul. 2010.

RIBEIRO FILHO, José Luiz. A RNP e a educação no Brasil. Disponível em: <http://www.rnp.br/_arquivo/documentos/pal0124.pdf >. Acesso em 9 jul. 2010.

VENEZKY, Richard L. e DAVIS, Cassandra. Quo vademus? the transformation of scooling in a networked world. OECD/CERI. 2002.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

FREITAS, Marcel Gleidson Bezerra de.  Relatório de programa público relacionado à tecnologia da informação: programa nacional de tecnologia educacional– Proinfo.

Scribd <http://www.scribd.com/doc/34721745/Programa-Nacional-de-Tecnologia-Educacional> Acesso em 15/2/2011.

Portal do MEC <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=289&Itemid=356> Acesso em 11/2/2011.

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=244&Itemid=462> Acesso em 11/2/2011.

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=243&Itemid=461> Acesso em 11/2/2011.

 <http://sip.proinfo.mec.gov.br/entidade/entidade_cad_adesao_proinfo.php> Acesso em 11/2/2011.

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=237&Itemid=469> Acesso em 11/2/2011.

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=236&Itemid=471> Acesso em 11/2/2011.

 


[1] Pedagogo com habilitação em Administração Escolar de 1º e 2º grau e Magistério das Matérias Pedagógicas de 2º grau. Professor Facilitador pelo Proinfo – MEC – NTE MG. Pós-graduando em Mídias na Educação.