“A flexibilidade convida à exploração, e esta

é recompensada com a descoberta.”

Bill Gates (p.152)

Sabemos que a aprendizagem não se dá apenas na sala de aula ou sob a supervisão de professores. A informática poderá dar a todos nós o acesso a informações, no momento que quisermos, onde estivermos. Essa tecnologia a serviço da educação resultará em benefício para toda a sociedade. A informática poderá humanizar o ambiente educacional (ao contrário do que muitos pensam), através do intercâmbio entre estudantes de diversas partes do planeta. Com a informática haverá possibilidade de atender aos alunos individualmente, em grupos ou coletivamente, através de diversos métodos, com os recursos de softwares e da Internet. Os documentos e as ferramentas da multimídia poderão oferecer aprendizagem sob medida e em massa. Cada um buscará aquilo que é de seu interesse e de acordo com o seu ritmo. A informação estará disponível para todos, acendendo a curiosidade e a imaginação. Esse recurso fará professores interessados, administradores criativos, pais envolvidos e alunos diligentes. Haverá um compartilhar intenso de trabalhos dos professores e dos alunos com interatividade, estimulando o desenvolvimento dos talentos naturais. Isso nos incentivará a seguir áreas de interesse específico. Um outro fator de relevante importância é que os alunos podem se testar a qualquer momento, num ambiente sem riscos e a questão da avaliação passará a ser vista como parte positiva do processo de aprendizagem. 

Para que a educação seja alterada de forma abrangente se faz necessário políticas públicas sérias, equipando as escolas com microcomputadores, promovendo cursos de atualização dos profissionais da educação, atentando para a formação dos novos profissionais, permitindo acesso a softwares e facilitando a conexão dessas máquinas em rede. E estarmos atentos para que a nova tecnologia, por si mesma, não é suficiente para melhorar a educação. E esse é um trabalho e toda a população e não só do governo e das instituições escolares.

Os computadores possibilitarão aos profissionais da educação a trabalharem com grupos pequenos de alunos, atendendo a cada um individualmente, enquanto outros estão fazendo levantamento de material nas máquinas e levantando hipóteses sobre as questões levantadas. Os aprendizes levarão o resultado da pesquisa ao professor que levantará nossas questões para enriquecimento do trabalho, ajudando o aluno a buscar por si mesmo resolução de problemas. O papel do professor vai ser o de facilitador do conhecimento. Ele monitora, avalia e orienta o desempenho dos alunos. E estes buscam, investigam, observam, levantam hipóteses que poderão ser confirmadas ou refutadas. Os trabalhos dos alunos serão arquivados em pastas pessoais nos computadores e poderão ser examinados a qualquer momento tanto pelos alunos como pelos professores. Haverá mais tempo para o professor atender às necessidades individuais de seus alunos. Os professores atuarão como treinadores, parceiros, escoadouros criativos e pontes de comunicação com o mundo.

E o professor agora vai ter a possibilidade de compartilhar com facilidade com seus colegas o resultado do seu trabalho e seu material didático-pedagógico. É melhor que o professor crie o seu material ainda que com menos recursos que as empresas de software do que usar programas medíocres, que visam somente o comércio. E é preciso termos em mente de que a simulação pode ajudar, mas não vai substituir a manipulação de materiais concretos em laboratórios. E as crianças precisam da interação com outras crianças e com os adultos para aprenderem habilidades sociais e interpessoais, como por exemplo trabalhar de forma cooperativa e colaborativa.

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

GATES, Bill. A estrada do futuro. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. cap. 9, p.  

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