Entendamos aqui por democracia a participação de todos os cidadãos (sem discriminação de sexo, raça, ou ideologias) que vivem em determinado território, tendo o direito de opinar em assuntos públicos.  

Para os autores, com a telemática, a democracia direta é possível apesar dos riscos da globalização e do complexo da Ciência e Tecnologia estarem ligados à indústria bélica e ao lucro. Para eles a Internet vai viabilizar a consulta, o diálogo, a comunicação, a tomada de decisão coletiva, o planejamento participativo. E ela vai estabelecer, pela sua abertura a diversidade, o respeito à diferença, a tolerância ao outro e a busca do consenso.

Para Jean Chesneaux as novas tecnologias “não saíram do nada repentinamente, com o sinistro objetivo de dominar o mundo.” Essas técnicas representam um domínio sem precedentes do homem sobre a natureza do universo, em seus aspectos genéticos, microeletrônicos e energéticos, com graves repercussões na vida social, econômica, política e cultural dos povos.  

A informática está mudando nosso modo de viver, pensar e trabalhar, gerando, com a automação da memória e a programação uma verdadeira revolução com implicações tanto técnicas como ideológicas. A tecnologia não é um produto independente da sociedade, o seu uso é construído pelo social. 

A Informática introduz uma linguagem mundial, uma rede mundial, um mercado mundial, normas mundiais.  A técnica em si não é nem boa e nem má, e também não é neutra. 

Precisamos aproveitar este momento para abrir novos caminhos para o debate político, estendendo-o para o virtual. 

Os autores são de opinião que a tecnologia da internet, aliada a uma formação ética, criadora, humanista e participativa, pode contribuir na criação das bases de uma sociedade democrática. 

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

 Aula Virtual e Democracia  

Dra. Raquel de Almeida Moraes

UnB – Faculdade de Educação

e-mail: rachel@unb.br

rmoraes@tba.com.br

 

Henderson Silva

UnB – Licenciatura em Informática

e-mail: hensilva@fe.unb.br